Entenda o atendimento em um pronto-socorro 01 [TEXTO]
Os serviços de saúde destinados ao atendimento de urgências e emergências são, em sua essência, problemáticos, tanto no setor público quanto no privado. As pessoas dificilmente tem o conhecimento e o preparo adequados para lidar com os protocolos, fluxos e padrões de atendimento preconizados e adotados em tais unidades de saúde. Aliado a isso, ainda temos grande parte dos usuários com os ânimos exaltados por fatores diversos, como dor, desconforto, ansiedade, medo, ignorância, prepotência, etc.
Como se não bastasse todos esses fatores, ainda temos que lidar com o pior de todos; o egoísmo. Algumas pessoas dificilmente aceitam a ideia de que a saúde do “todo” é mais importante que a do “eu.” Acham que seu problema é mais importante e requer mais agilidade; não admitem prejuízo em sua assistência em detrimento ao próximo, mesmo que o quadro justifique tal situação em termos de gravidade ou condições como idade, gestação ou deficiência física.
Hospitais e clínicas são verdadeiros barris de pólvora, gerando cada vez mais insatisfação, críticas e ataques, resultando em situações deveras problemáticas, das quais pretendo tratar nos parágrafos seguintes.
Poucos setores em unidades de saúde são tão conturbados e problemáticos quanto os chamados de “portas abertas”. São aqueles em que a pessoa não precisa marcar consulta e nem fazer acompanhamento com o mesmo médico; ela simplesmente procura a recepção e aguarda atendimento para um problema pontual e inesperado, e que requeira certa agilidade ou urgência.
Procure saber se seu caso não é ambulatorial, ou seja, aquele tipo de caso que necessita de marcação de consulta, que pode esperar pela disponibilidade de vagas e horários, e que necessitará de acompanhamento, que você não terá em um pronto-atendimento.
No Brasil, temos dois tipos principais de serviços de “portas abertas”, que são o pronto-atendimento e o pronto-socorro, embora a maioria das pessoas acabe usando pronto-socorro para definição desses dois serviços.