O atendimento de urgências e emergências é uma das áreas mais estressantes, perigosas e ingratas da medicina. Estou nessa há oito longos anos e hoje vejo claramente as consequências disso: O trabalho em prontos-socorros mudou a forma como vejo a medicina e os pacientes, me levou a um quadro de ansiedade e depressão, e quase me fez abandonar a profissão. Hoje estou mais tranquilo, fazendo a minha residência de anestesiologia, e não é para ganhar mais do que antes, e nem para trabalhar menos… Minha meta é me livrar desse fardo que é trabalhar em PS!
Os médicos que encaram esse tipo de trabalho são heróis, e foi pensando neles que escrevi esses quatro posts como desabafo, reflexão e informação a respeito do tema. Reuni todos eles nesse único post para facilitar a leitura e divulgação.
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TEXTO 01: “Entenda o atendimento em um pronto-socorro”
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Trecho do texto: “Os serviços de saúde destinados ao atendimento de urgências e emergências são, em sua essência, problemáticos, tanto no setor público quanto no privado. As pessoas dificilmente tem o conhecimento e o preparo adequados para lidar com os protocolos, fluxos e padrões de atendimento preconizados e adotados em tais unidades de saúde. Aliado a isso, ainda temos grande parte dos usuários com os ânimos exaltados por fatores diversos, como dor, desconforto, ansiedade, medo, ignorância, prepotência, etc.”
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TEXTO 02: “O seu problema é realmente urgente?”
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Trecho do texto: “Ontem foi meu ultimo plantão de segunda-feira… Há alguns meses, numa segunda (dia internacional do atestado) logo após um feriado prolongado eu atendi um senhor de 42 anos (…) Depois de ficha aberta, José aguardou mais 33 minutos para passar pela triagem do hospital (…) O infarto era grave, jamais saberemos se ele teria chance de sobreviver, mas a chance foi tirada por: Jéssica, 22 anos, bronzeada do sol do feriado, atendente de telemarketing queixando de ROUQUIDÃO.”
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TEXTO 03: “Pronto-socorro na prática: Saiba como funciona”
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Trecho do texto: “O médico sai do consultório toda hora… Motivo 01: Ele precisa reavaliar pacientes em observação o tempo todo. Motivo 02: Ele é responsável por todos os pacientes que estão internados no hospital. Pode ser que ele tenha 100 ou mais doentes sob sua responsabilidade! Quando eles passam mal, o médico tem que ir tentar resolver o problema. Motivo 03: Por incrível que pareça, o médico precisa se alimentar, beber água, urinar e defecar. Sim, é verdade! Médicos precisam fazer essas coisas!”
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TEXTO 04: “A medicina de emergência é negligenciada no Brasil”
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Trecho do texto: “O profissional que trabalha num pronto-socorro fica sob estresse e pressão constantes. A imprevisibilidade do que vai aparecer, a falta de condições de trabalho e de segurança; a superlotação da unidade, as intercorrências das enfermarias; a falta de especialistas, de exames, de vagas de UTI, de ambulâncias para transportes; pacientes e acompanhantes enfurecidos e ameaças constantes. Isso enlouquece qualquer um. Pouquíssimos profissionais querem isso para a vida toda, fugindo da especialidade quando finalmente estão no auge do preparo para a mesma.”